Quando falamos de modelos educacionais devemos considerar princípios norteadores da pedagogia e, no caso da aprendizagem corporativa, voltada para adultos, da andragogia. Afinal, qual é a melhor maneira de aplicar determinado tipo de aula/curso/treinamento para alcançar o objetivo daquela audiência específica? São muitas as variáveis a serem consideradas para esta resposta, mas, circunscrevendo nossa análise ao universo das organizações, é preciso conhecer de maneira completa os valores e objetivos do negócio e conectar toda e qualquer ação de treinamento a eles.
Na prática, são muitos os caminhos que levam ao objetivo final, mas como chegaremos lá importa tanto quanto o resultado final. A construção dessa jornada é a essência do processo de aprendizagem, já que este é um movimento sem fim (aliás, já leu o artigo que o nosso CEO, Renato Gangoni, escreveu sobre Lifelong Learning?), e é preciso considerar as características de cada empresa e cada equipe de trabalho na hora de escolher que tipo de abordagem escolher.
Presencial
Em tempos de pandemia, as atividades de treinamento presenciais podem parecer pouco adequadas ou um tanto enfraquecidas, mas devemos admitir que há diversas ações em T&D que só funcionam quando aplicadas presencialmente. É lugar-comum dizer que nada substitui o contato humano físico, olho no olho, mas a verdade é que a efetividade e produtividade de determinados workshops, por exemplo, não se compararam quando ministrados presencial ou virtualmente. Por mais que sejam feitas adaptações, a dinâmica e interatividade de um treinamento presencial se destacam e devem ser postos a serviço de seu programa de T&D sempre que possível, garantindo, claro, a saúde e segurança de todos os participantes.
Virtual
Em contrapartida, as ações virtuais trazem uma gama de possibilidades e flexibilidade inigualáveis aos programas de T&D. E, geralmente, com custos mais baixos. Ainda é possível encontrar limitações técnicas e tecnológicas junto ao público-alvo (disponibilidade de equipamentos, rede e conexão ruins e dificuldade na utilização de determinadas plataformas e softwares), mas, vencidos esses obstáculos, as ações virtuais de aprendizagem são quase sempre a solução ideal para as organizações. Vale ainda destacar que a escolha por atividades síncronas (contato em tempo real com o facilitador) e assíncronas (vídeos gravados, por exemplo) deve ser feita com muito critério e propósito.
Blended
Por que não ter o melhor dos dois mundos? Cada vez mais comuns nos programas de T&D, as soluções blended buscam priorizar o aspecto de complementaridade entre as atividades presenciais e virtuais. Por isso, elas apostam em ações presenciais que são enriquecidas por aspectos digitais e vice-versa. Esta é uma ótima pedida para engajar públicos com diferentes backgrounds e com hábitos de consumo de conteúdos formativos e de treinamento distintos. Aqui, não há contra-indicações: quanto mais inteligente for a maneira de conjugar as ações (palestras e workshops presenciais + plataforma LMS + micro/mobile learning, por exemplo) mais rapidamente você alcançará o objetivo do treinamento em si.
Suporte ao aprendizado informal
Para além dos formatos mais óbvios e consagrados, vale a pena destacar o papel crucial que o suporte ao aprendizado informal desempenha nas organizações. Talvez você não tenha parado para racionalizar em cima disso, mas a verdade é que boa parte (a maior parte, na verdade) dos conteúdos e informações que são transmitidos e apreendidos pelas equipes de trabalho circulam de maneira informal na empresa. O papel dos profissionais de T&D não reside necessariamente em restringir esse processo (como se fosse possível) ou mesmo capturar tais conteúdos e “formalizá-los”, levando-os para a sala de aula, mas em oferecer suporte real para que o conhecimento circule pela organização de maneira livre e, mais importante, acurada.
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